Cilada - Harlan Coben
Título original: Caught
ISBN:
8599296930
Editora:
Sextante.
Sinopse:
Haley McWaid tem 17 anos, é aluna exemplar, disciplinada, ama esportes e sonha entrar para uma boa faculdade. Por isso, quando certa noite ela não volta para casa e três meses transcorrem sem que se tenha nenhuma notícia dela, todos na cidade começam a imaginar o pior. O assistente social Dan Mercer recebe um estranho telefonema de uma adolescente e vai a seu encontro. Ao chegar ao local, ele é surpreendido pela equipe de um programa de televisão, que o exibe em rede nacional como pedófilo. Inocentado por falta de provas, Dan é morto logo em seguida. Na junção dessas duas histórias está Wendy Tynes, a repórter que armou a cilada para Dan e que se torna a única testemunha de seu assassinato. Wendy sempre confiou apenas nos fatos, mas seu instinto lhe diz que Mercer talvez não fosse culpado. Agora ela precisa descobrir se desmascarou um criminoso ou causou a morte de um inocente. Nas investigações da morte de Dan e do desaparecimento de Haley, verdades inimagináveis são reveladas e a fragilidade de vidas aparentemente normais é posta à prova. Todos têm algo a esconder e os segredos se interligam e se completam em um elaborado mosaico de mistérios. 
 “Ninguém consegue escapar das próprias mentiras.”

Lembro que a primeira coisa que me chamou a atenção, foi a capa. Inevitável negar isso. A sinopse também é muito convidativa, estilo de livro que eu adoro: desvendar suspeitos, mentiras e revelar passados de personagens que ditam toda a regra do presente.

 

Em A Cilada, Harlan nos traz um mundo em que as provas nem sempre julgam o condenado; um sentenciado nem sempre é culpado e um aparente incidente pode ser o motivo de toda uma cilada.

Wendy Tines é jornalista do NTC e adora seu trabalho. “Capturar” pedófilos, amantes de crianças e adolescentes é como salvar os filhos de pais que estão à merce dessas horrendas pessoas. Ela sabe disso, é mãe. Seu filho Charlie é muito importante. Assim Haley McWaid, uma das filhas de Ted e Marcia McWaid. Haley desapareceu em um dia sem deixar qualquer vestígio: o quarto arrumado, o banheiro desocupada, nenhum celular, nada que pudesse revelar onde ela poderia estar.

O primeiro pensamento que vem à cabeça de qualquer pai: algo terrível aconteceu com minha filha.

Quando Wendy Tynes desmascara o assistente social Dan Mercer em uma cilada criada por ela mesma, nada ficou obscuro: Dan Mercer caiu na armadilha, foi ao encontro de uma adolescente de 13 anos (perfil criado pela própria jornalista) e foi flagrado na cena do encontro.

A partir de então, os fatos começam a ser interligados: uma adolescente sumiu, um assistente social foi flagrado em um falso encontro com uma adolescente e acusado nacionalmente como pedófilo.
Nada estava a favor de Dan Mercer e Wendy estava feliz com seu trabalho. Menos um nas ruas desafiando a inocência de filhos e filhas.

Tudo muda quando Wendy descobre que Dan Mercer foi morto em seu trailler. A partir de então Wendy fica com um ponto de interrogação e resolve buscar respostas aos por quês que tanto semeiam em sua mente. Indo atrás de fatos, a jornalista vai voltando ao passado de vários personagens que acabam se interligando em uma história eletrizante, cheia de aventura. E o mais legal? O final deixa a gente boquiaberta.

O livro é dividio em duas partes. Harlan usa a narrativa em terceira pessoa, descrevendo as cenas e os personagens na visão de Wendy Tines: o que ela pensa, onde ela está, o que vai fazer. O mistério perpetua a cada nova descoberta feita por Wendy e é impossível não ficar chocado com cada rumo que a trama caminha.

Algumas vezes o autor prolonga algumas cenas, momentos que poderiam ser reduzidos, já que não chegam a ser cruciais. E as pistas poderiam demorar mais para serem desvendadas. Chega um certo momento que você consegue deduzir pelo menos uma parte da trama.

Um detalhe que eu não gosto em livros é quando o autor dá nome a todos os personagens, até ao tipo-do-cachorro-quente que aparece uma vez em mil páginas, entendem? No meu caso, tenho dificuldades em lembrar nomes que aparecem em um capítulo e só no final eles aparecem de novo. Então, esse é um ponto negativo, na minha opinião.

Wendy Tynes é aquele tipo de repórter que aguenta todas. Ela não me parece ser humana o suficiente pra ter medo das emboscadas, de ser ameaçada e coisas do tipo. Talvez pelo fato de ser “craque” em pregar ciladas para esses ganranhões nojentos mas, enfim, colocar um pouco mais de medo, um tipo de pânico, seria legal.
No final das contas, creio que o principal assunto que Harlan quer transmitir no livro é o poder de perdoar.
1 comentários:
Anônimo

Nossa, eu adorei esse livro!
Foi o primeiro do Harlan que li. Me apaixonei de cara pela escrita dele.
Olha, eu não achei que ele descreveu demais o desnecessário. Um livro que faz isso muito é A Mulher do Viajante no Tempo - ô livrinho que descreve bobeirinhas, hahaha.
Enfim, adorei te ver aqui de volta.
Estava sentindo falta dos seus posts.
Beijão

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